sábado, 26 de agosto de 2017

Plano de aula: Egito Antigo

- Quando falamos de Egito, quais são as primeiras coisas que vocês lembram? (Pirâmides, deserto, múmias etc).
- Leitura do texto sobre mumificação no livro didático: pedir para lerem em silêncio e depois que os alunos se voluntariem para lerem cada um um parágrafo.
- Conforme a leitura do texto for progredindo, comentar sobre os pontos citados no texto, fazendo referências ao conteúdo.
- Explicar o conteúdo (aula expositiva).



O EGITO ANTIGO
            O Egito foi uma das grandes civilizações que existiu na Antiguidade, sendo um dos primeiros grandes grupos organizados de seres humanos.
            O que é uma civilização?
Alguns povos se tornaram sedentários depois de inventarem a agricultura. Com o tempo alguns desses povos foram se organizando em aldeias, vilas e depois cidades. Surgiram em alguns povos o comércio, matemática, astronomia e, também, governos que eram responsáveis pela organização do lugar. Civilizações são agrupamentos humanos que desenvolveram regras comuns (leis), se tornaram complexas socialmente, culturalmente, economicamente. Normalmente nos referimos a civilizações como grandes grupamentos humanos organizados que influenciaram uma grande área durante uma época (Mas isso não significa que os demais grupos humanos não eram civilizados ou organizados).
Rio Nilo e o Crescente Fértil:
Existem três rios localizados entre a África e a Ásia e que foram essenciais para o desenvolvimento dos grupos humanos e das grandes civilizações naquela região: rio Nilo, rio Tigre e rio Eufrates. Essa região é denominada Crescente Fértil, por possuir a forma de uma meia lua crescente e porque suas terras se tornaram muito férteis por ser banhadas pelos rios.

O rio Nilo é o mais extenso deles e o mais extenso do mundo: ele nasce no interior da África e deságua no mar mediterrâneo, passando por vários países africanos. O rio Nilo passa por dois períodos: as secas e as cheias.
Entre junho e novembro, período de chuvas, o Nilo enche e inunda suas margens, deixando-as super férteis e boas para a agricultura (com húmus – adubo natural). Os povos que viveram perto do Nilo construíram canais que levava a água para regiões mais distantes, aumentando as áreas de boas para a agricultura (canais de irrigação). O ritmo da vida no Egito era guiado pelo ritmo do rio. Quando as águas da cheia secavam os camponeses semeavam imediatamente o solo (para dar tempo de colher antes da próxima cheia). O calendário civil egípcio tinha 3 estações de 4 meses cada: 1) Akht (inundação); 2) Peret (crescimento das plantas); 3) Shemu (colheita).
A sociedade e os faraós:
Antes de se tornar uma grande civilização, a população do Egito vivia em pequenas comunidades que ficaram conhecidas como nomos e, por isso, seus chefes eram chamados de nomarcas. Aos poucos essas sociedades foram se juntando e formando grupos maiores, dando origem         a dois reinos: o Baixo Egito e o Alto Egito.

            O líder egípcio era chamado de faraó e ele era cultuado por toda a população, sendo considerado um deus vivo. O Faraó era visto como filho de Amóm-Rá, o deus Sol. Acreditavam que o faraó era capaz de controlar as forças da natureza, como as cheias do Nilo. Em 3200 a.C. Menés unificou o Baixo e o Alto Egito e se tornou o primeiro faraó.
O Egito era uma monarquia teocrática:
MONARQUIA: Governo comandado por uma única pessoa até a sua morte. Normalmente o próximo governante é filho do antigo.
TEOCRÁTICA: governo em que o poder é exercido com base na religião ou por governantes considerados divinos.
            Quando uma mesma família fica no poder por bastante tempo, ela passa a ser considerada uma dinastia. No Egito, 31 dinastias governaram de 3200 a.C. até 343 a.C.
            A sociedade egípcia era dividida e um pequeno grupo participava do governo junto ao faraó.  Os sacerdotes, a nobreza, os administradores e os militares eram aqueles que faziam parte da elite egípcia (grupo considerado melhor, aquele que domina). Já os camponeses eram aqueles que sustentavam toda a população, mas a terra era do reino e os camponeses só faziam uso dela.
            A escravidão esteve presente em quase todas as civilizações antigas, mas variava de um lugar para o outro. No Egito existiram poucos escravos e eles eram geralmente prisioneiros de guerra.

            A Religião:
            Os egípcios acreditavam em vários deuses, por isso sua religião era politeísta. Os deuses egípcios eram associados a forças da natureza e eram representados com formas humanas e animais (ou uma mistura das duas). Viam divindades em animais e em situações do cotidiano, como o nascer do sol ou o caminhar de um escaravelho. Eles eram capazes de dar proteção, de garantir boas colheitas e de zelar pela vida após a morte - mas também podiam aplicar castigos aos humanos caso não recebessem a atenção e as oferendas necessárias. No período faraônico achavam que o próprio rei fosse o filho ou a encarnação de um ser supremo. Os templos não eram locais abertos à oração - isso ocorria somente em datas festivas, quando o povo seguia a imagem do deus em procissão. Muitos mantinham santuários e faziam cultos privados em suas casas.
Eles acreditavam que, após a morte, a alma era enviada ao reino dos mortos. Lá ela era julgada pelo deus Osíris. Depois, a alma voltava para o mesmo corpo de antes - por isso era feita a mumificação que, por ser muito cara, só era praticada pelos ricos. Através dos processos de mumificação os egípcios desenvolveram bastante a medicina e anatomia, fazendo até cirurgias no cérebro com sucesso.

* Na aula seguinte, levei uma apresentação de slides que mostrava alguns deuses e mitos egípcios, além de fotos das pirâmides, tumbas e do Nilo. Também assistimos os vídeos da coleção As Grandes Civilizações, que você pode acessar a playlist aqui.

OBS: algumas informações eu retirei do blog da minha colega Leila - Historiadora no ensino básico


























 

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