- Leitura do texto sobre mumificação no livro didático: pedir para lerem em silêncio e depois que os alunos se voluntariem para lerem cada um um parágrafo.
- Conforme a leitura do texto for progredindo, comentar sobre os pontos citados no texto, fazendo referências ao conteúdo.
- Explicar o conteúdo (aula expositiva).
O EGITO ANTIGO
O Egito foi uma das grandes
civilizações que existiu na Antiguidade, sendo um dos primeiros grandes grupos
organizados de seres humanos.
O
que é uma civilização?
Alguns povos se tornaram sedentários depois de inventarem a agricultura.
Com o tempo alguns desses povos foram se organizando em aldeias, vilas e depois
cidades.
Surgiram
em alguns povos o comércio, matemática, astronomia e, também, governos que eram
responsáveis pela organização do lugar. Civilizações são agrupamentos humanos que
desenvolveram regras comuns (leis), se tornaram complexas socialmente, culturalmente,
economicamente. Normalmente nos
referimos a civilizações como grandes grupamentos humanos organizados que
influenciaram uma grande área durante uma época (Mas isso não significa que os
demais grupos humanos não eram civilizados ou organizados).
Rio Nilo e o Crescente Fértil:
Existem três rios localizados
entre a África e a Ásia e que foram essenciais para o desenvolvimento dos
grupos humanos e das grandes civilizações naquela região: rio Nilo, rio Tigre e
rio Eufrates. Essa região é denominada Crescente Fértil, por possuir a forma de
uma meia lua crescente e porque suas terras se tornaram muito férteis por ser
banhadas pelos rios.
O rio Nilo é o mais extenso deles e o mais extenso do
mundo: ele nasce no interior da África e deságua no mar mediterrâneo, passando
por vários países africanos. O rio Nilo passa por dois períodos: as secas e as
cheias.
Entre
junho e novembro, período de chuvas, o Nilo enche e inunda suas margens,
deixando-as super férteis e boas para a agricultura (com húmus – adubo natural).
Os povos que viveram perto do Nilo construíram canais que levava a água para
regiões mais distantes, aumentando as áreas de boas para a agricultura (canais
de irrigação). O ritmo
da vida no Egito era guiado pelo ritmo do rio. Quando as águas da cheia secavam
os camponeses semeavam imediatamente o solo (para dar tempo de colher antes da
próxima cheia). O calendário civil egípcio tinha 3 estações de 4 meses
cada: 1) Akht (inundação); 2) Peret (crescimento das plantas); 3) Shemu
(colheita).
A sociedade e os faraós:
Antes
de se tornar uma grande civilização, a população do Egito vivia em pequenas
comunidades que ficaram conhecidas como nomos
e, por isso, seus chefes eram chamados de nomarcas.
Aos poucos essas sociedades foram se juntando e formando grupos maiores, dando
origem a dois reinos: o Baixo Egito e o Alto Egito.
O
líder egípcio era chamado de faraó e
ele era cultuado por toda a população, sendo considerado um deus vivo. O Faraó
era visto como filho de Amóm-Rá, o deus Sol. Acreditavam que o faraó era capaz
de controlar as forças da natureza, como as cheias do Nilo. Em 3200 a.C. Menés
unificou o Baixo e o Alto Egito e se tornou o primeiro faraó.
O
Egito era uma monarquia teocrática:
MONARQUIA:
Governo comandado por uma única pessoa até a sua morte. Normalmente o próximo
governante é filho do antigo.
TEOCRÁTICA:
governo em que o poder é exercido com base na religião ou por governantes
considerados divinos.
Quando uma mesma família fica no
poder por bastante tempo, ela passa a ser considerada uma dinastia. No Egito,
31 dinastias governaram de 3200 a.C. até 343 a.C.
A sociedade egípcia era dividida e
um pequeno grupo participava do governo junto ao faraó. Os sacerdotes, a nobreza, os administradores
e os militares eram aqueles que faziam parte da elite egípcia (grupo
considerado melhor, aquele que domina). Já os camponeses eram aqueles que
sustentavam toda a população, mas a terra era do reino e os camponeses só
faziam uso dela.
A escravidão esteve presente em
quase todas as civilizações antigas, mas variava de um lugar para o outro. No
Egito existiram poucos escravos e eles eram geralmente prisioneiros de guerra.
A
Religião:
Os egípcios acreditavam em vários
deuses, por isso sua religião era politeísta.
Os deuses egípcios eram associados a forças da natureza e eram representados
com formas humanas e animais (ou uma mistura das duas). Viam divindades em
animais e em situações do cotidiano, como o nascer do sol ou o caminhar de um
escaravelho. Eles eram capazes de dar proteção, de garantir boas colheitas e de
zelar pela vida após a morte - mas também podiam aplicar castigos aos humanos
caso não recebessem a atenção e as oferendas necessárias. No período faraônico
achavam que o próprio rei fosse o filho ou a encarnação de um ser supremo. Os
templos não eram locais abertos à oração - isso ocorria somente em datas
festivas, quando o povo seguia a imagem do deus em procissão. Muitos mantinham
santuários e faziam cultos privados em suas casas.
Eles acreditavam que, após a morte, a alma era enviada ao reino dos
mortos. Lá ela era julgada pelo deus Osíris. Depois, a alma voltava para o
mesmo corpo de antes - por isso era feita a mumificação que, por ser muito
cara, só era praticada pelos ricos. Através dos processos de mumificação os
egípcios desenvolveram bastante a medicina e anatomia, fazendo até cirurgias no
cérebro com sucesso.
* Na aula seguinte, levei uma apresentação de slides que mostrava alguns deuses e mitos egípcios, além de fotos das pirâmides, tumbas e do Nilo. Também assistimos os vídeos da coleção As Grandes Civilizações, que você pode acessar a playlist aqui.
OBS: algumas informações eu retirei do blog da minha colega Leila - Historiadora no ensino básico
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