A GUERRA FRIA
Proposta
de aula:
1) Leitura
de pequenos textos a respeito do tema (em duplas)
2) Discussão
dos pontos que mais chamaram a atenção:
-
Por que o nome dado a esse conflito foi Guerra Fria?
-
Quais eram os dois blocos em conflito?
-
Qual era a causa do conflito?
-
Quais foram as principais ameaças?
-
Que tipo de competição existia entre os dois blocos?
-
Qual foi o maior símbolo desse conflito?
-
Como esse período chegou ao fim?
3) Análise
de Charges sobre o período.
4) Elaboração
de um mapa mental sobre a Guerra Fria (no caderno)
5) Assistir
documentário sobre o tema.
GRUPO 1:
Texto 1: Ao final da Segunda Guerra
Mundial (1939-1945), o cenário político mundial testemunhava o período de maior
tensão de sua história. De um lado, os Estados Unidos (EUA), uma potência
capitalista; de outro, a União Soviética (URSS), uma potência socialista; em
ambos os lados, armamentos com tecnologia nuclear que poderiam causar sérios
danos a toda humanidade.
Ao final
das contas, nenhum tiro foi diretamente disparado entre os dois lados do
“conflito”, o que justifica o nome Guerra Fria. O que se pode
dizer é que esse conflito foi marcado pelas disputas indiretas entre as duas
potências rivais em busca de maior poderio político e, principalmente, militar
sobre as diferentes partes do mundo.
Texto 2: Os
conflitos da guerra fria
Poderiam coexistir Socialismo e Capitalismo no
mesmo planeta? Uma ideologia estava constantemente ameaçando a existência da
outra, a ameaça leva ao medo e o medo leva o mundo à crise.
Corrida Armamentista - Nem EUA nem URSS dispunham-se a
atacar um ao outro, mas estavam constantemente sob tensão, pensando se poderiam
ou não ser atacados. Os dois países adotaram medidas diferentes. A URSS
fechou-se em si e iniciou a produção e o desenvolvimento de diversos
armamentos.
Os EUA adotaram outra postura, soltava dados
estratosféricos de produção armamentista, e ninguém sabia ao certo quais dados
eram corretos, ou ao menos se algum dado era correto. Ninguém sabia ao certo a
força bélica destes países.
Tanto os EUA quando a URSS possuíam armas atômicas.
Para lembrar do poder de uma arma atômica, lembre da crueldade cometida pelos
EUA ao Japão, mesmo após a rendição deste primeiro, com as bombas que
massacraram milhares de civis.
A conquista do Espaço – Uma forma encontrada por ambas
potências, EUA e URSS para mostrar ao mundo que sua forma de viver era a mais
produtiva, foi a tentativa de conquista do espaço. Já que o poder destrutivo de
ambos os países os impedia de entrar em combate, decidiram combater nos campos
científicos. A conquista do espaço resultou na tecnologia de satélites utilizada
hoje, resultou também na capacidade de mandar homens ao espaço. E até hoje não
se sabe se os americanos chegaram de fato à lua.
Espionagem e Comunicação – Uma forma de, ao mesmo tempo,
proteger as informações e descobrir informações do inimigo foram os avanços nos
serviços de comunicações e espionagem. A internet e os rastreamentos
telefônicos, tecnologias usadas hoje, são resultados da guerra fria.
A Guerra das Coréias – A Coréia, ao fim da segunda
guerra mundial é dividida em um acordo entre EUA e URSS, no entanto, os norte
coreanos, socialistas fazem diversas tentativas de unificação. Existe a
intervenção americana e o objetivo nunca é atingido. Até hoje as coréias
coexistem em “cessar fogo”, ou seja, não há combates mas estes ainda estão em
guerra declarada.
A Crise dos Mísseis – Em 1959, um golpe derruba o
presidente fantoche, Fulgêncio Batista, de Cuba, sob comando dos empresários
dos Estados Unidos, e coloca no poder Fidel Castro, aos poucos, este presidente
vai aderindo as perspectivas comunistas, até que incentivado pela URSS declara
Cuba um Estado socialista.
1962 foi o ano em que uma guerra de fato esteve
mais próxima. Mísseis americanos estavam instalados na Turquia, e mísseis da
URSS estavam sendo enviados a Cuba. O mundo viveu um momento tenso. A crise dos
mísseis foi resolvida diplomaticamente com a retirada dos mísseis da Turquia, o
não desembarque dos mísseis em Cuba e a segurança de que Fidel Castro não seria
derrubado por uma ofensiva americana.
Guerra do Vietnã – O Vietnã a muito custo,
conquistou sua liberdade expulsando os franceses, no entanto, os líderes do
norte eram adeptos ao socialismo, enquanto no sul havia um impasse, existiam
partidos de ideologias capitalistas e socialistas, os capitalistas proíbem um
plebiscito para a decisão do regime do país e uma guerra estoura. Para impedir
que mais um país se torne socialista, os EUA intervêm em favor dos líderes
capitalistas em 1965, e o Vietnã vive mais 10 anos de guerra. Os EUA após
grandes movimentações contra a guerra em seu território, e a morte de milhares
de soldados retira-se sem concluir seu objetivo e em 1975 o Vietnã é unificado
em regime socialista.
Guerra do Afeganistão – Os afegãos estavam em conflito
entre dois governos, o primeiro de ideologia socialista e o segundo de
ideologia islâmica. A URSS envia armas, equipamentos bélicos e soldados para os
socialistas que se estabelecem no Afeganistão. No entanto, o mundo não olha
esta atitude com bons olhos e os islâmicos recebem apoio dos Americanos e
diversos países muçulmanos, expulsando por fim os soldados da URSS.
A fragmentação da URSS e a queda do muro de Berlim
- A URSS
entra em colapso lentamente. Em uma economia socialista é o Estado que repassa
as verbas definindo a sua utilização. Como houve grandes gastos em produção de
armamentos e tecnologias militares não sobrava verbas para os bens de consumo.
Em outras palavras, sobravam bombas e faltavam sabonetes. O povo estava
descontente e sua indignação era recebida com repressões, torturas, mortes e
sumiços, o que gerava uma maior indignação popular. Após diversos presidentes
do partido bolchevique praticantes de métodos repressivos, assume na união
soviética o presidente Gorbatchov que propõe mudanças. Relaxa o controle sobre
a URSS, havendo, portanto, maior liberdade de expressão em seu período de
governo suas reformas são conhecidas como Perestroika (restauração) e Glasnost
(transparência). Em seu período de governo ocorre a separação da URSS, a queda
do muro de Berlin em 1989 e declaradamente o fim da guerra fria e ideológica.
Texto 3:
KGB – Comitê de
Segurança do Estado / Komitet Gosudarstvennoy Bezopasnosti
Ficha técnica
Criação – 13 de março de 1954
Término – 6 de novembro de 1991
Empregados – 500 000 (em 1978)
Orçamento – US$ 10 bilhões (em
1978)
A KGB não era apenas um serviço
secreto. Era mais um aparato estatal gigantesco e centralizado, que abrangia
tarefas de inteligência, contraespionagem, segurança interna e perseguição
política. Criada em 1953 nos moldes autoritários da Cheka (polícia secreta
bolchevique) e da NKVD (milícia repressora de Stálin), a KGB foi o principal símbolo
do poderio soviético durante a Guerra Fria. Conseguiu manter de pé um país de
11 fusos horários e alastrou o comunismo em boa parte do mundo. Em 1991,
dissolveu-se em várias polícias russas, como o FIS, serviço de inteligência, e
o FSB, serviço de segurança (veja mais sobre o FSB a seguir).
Modo de ação
A KGB era imbatível ao aliciar informantes. Aproveitando o fascínio que o
comunismo exercia em muitos americanos e europeus, ela os convencia a passar
informação sobre a estratégia internacional de seus países. Conhecidos como
“toupeiras” (moles, em inglês), esses agentes também plantavam dados falsos
sobre a URSS nos serviços secretos que penetravam. A KGB armou guerrilhas
marxistas na África, América Latina e Oriente Médio, enquanto perseguiu dissidentes
políticos soviéticos – reais ou imaginários. Sua rede de dedos-duros tinha
tentáculos em cada fábrica, clube ou repartição do país. E ainda possuía a
Tropa de Fronteira, uma força independente do Exército, que detinha invasores,
traficantes de armas ou qualquer livro de ideologia suspeita. A tropa chegou a
ter 300 mil membros nos anos 70. “Entrei para a KGB aos 17 anos, depois de
frequentar acampamentos doutrinários para crianças. Tinha um desejo fervente de
combater os parasitas capitalistas”, recorda o ex-agente Oleg Kalugin (veja a
entrevista completa com ele na pág. 20).
Como mudou o mundo A
KGB revelou aos cubanos o plano da CIA de invadir Cuba pela Baía dos Porcos.
Não fosse isso, os americanos provavelmente seriam bem-sucedidos ao derrubar
Fidel mais de 40 anos atrás. Com o fim da URSS, a KGB também forneceu mão de
obra especializada para a máfia russa. “Milhares de ex-agentes se juntaram ao
crime organizado, formando uma ampla rede com políticos e oligarcas do
petróleo”, afirma James Finkenauer, professor da Escola de Justiça Criminal da
Rutgers University, nos EUA.
FONTE: https://super.abril.com.br/historia/agencias-secretas/
FONTE: https://super.abril.com.br/historia/agencias-secretas/
GRUPO 2:
Texto 1: A divisão do mundo em dois blocos, logo após a Segunda
Guerra Mundial, transformou o planeta num grande tabuleiro de xadrez, em que um
jogador só podia dar um xeque-mate simbólico no
outro. Com arsenais nucleares capazes de destruir a Terra em instantes, os
jogadores, Estados Unidos e União Soviética, não podiam cumprir suas ameaças,
por uma simples questão de sobrevivência. A paz era impossível porque os
interesses de capitalistas e de comunistas eram inconciliáveis por natureza. E
a guerra era improvável porque o poder de destruição das superpotências era tão
grande que um confronto generalizado seria, com certeza, o último. Hoje,
podemos ver isso claramente. Mas, na época, a situação se caracterizava como
o equilíbrio do terror.
Texto 2: Os
conflitos da guerra fria
Poderiam coexistir Socialismo e Capitalismo no
mesmo planeta? Uma ideologia estava constantemente ameaçando a existência da
outra, a ameaça leva ao medo e o medo leva o mundo à crise.
Corrida Armamentista - Nem EUA nem URSS dispunham-se a
atacar um ao outro, mas estavam constantemente sob tensão, pensando se poderiam
ou não ser atacados. Os dois países adotaram medidas diferentes. A URSS
fechou-se em si e iniciou a produção e o desenvolvimento de diversos
armamentos.
Os EUA adotaram outra postura, soltava dados
estratosféricos de produção armamentista, e ninguém sabia ao certo quais dados
eram corretos, ou ao menos se algum dado era correto. Ninguém sabia ao certo a
força bélica destes países.
Tanto os EUA quando a URSS possuíam armas atômicas.
Para lembrar do poder de uma arma atômica, lembre da crueldade cometida pelos
EUA ao Japão, mesmo após a rendição deste primeiro, com as bombas que
massacraram milhares de civis.
A conquista do Espaço – Uma forma encontrada por ambas
potências, EUA e URSS para mostrar ao mundo que sua forma de viver era a mais
produtiva, foi a tentativa de conquista do espaço. Já que o poder destrutivo de
ambos os países os impedia de entrar em combate, decidiram combater nos campos
científicos. A conquista do espaço resultou na tecnologia de satélites
utilizada hoje, resultou também na capacidade de mandar homens ao espaço. E até
hoje não se sabe se os americanos chegaram de fato à lua.
Espionagem e Comunicação – Uma forma de, ao mesmo tempo,
proteger as informações e descobrir informações do inimigo foram os avanços nos
serviços de comunicações e espionagem. A internet e os rastreamentos
telefônicos, tecnologias usadas hoje, são resultados da guerra fria.
A Guerra das Coréias – A Coréia, ao fim da segunda
guerra mundial é dividida em um acordo entre EUA e URSS, no entanto, os norte
coreanos, socialistas fazem diversas tentativas de unificação. Existe a
intervenção americana e o objetivo nunca é atingido. Até hoje as coréias
coexistem em “cessar fogo”, ou seja, não há combates mas estes ainda estão em
guerra declarada.
A Crise dos Mísseis – Em 1959, um golpe derruba o
presidente fantoche, Fulgêncio Batista, de Cuba, sob comando dos empresários
dos Estados Unidos, e coloca no poder Fidel Castro, aos poucos, este presidente
vai aderindo as perspectivas comunistas, até que incentivado pela URSS declara
Cuba um Estado socialista.
1962 foi o ano em que uma guerra de fato esteve
mais próxima. Mísseis americanos estavam instalados na Turquia, e mísseis da
URSS estavam sendo enviados a Cuba. O mundo viveu um momento tenso. A crise dos
mísseis foi resolvida diplomaticamente com a retirada dos mísseis da Turquia, o
não desembarque dos mísseis em Cuba e a segurança de que Fidel Castro não seria
derrubado por uma ofensiva americana.
Guerra do Vietnã – O Vietnã a muito custo,
conquistou sua liberdade expulsando os franceses, no entanto, os líderes do
norte eram adeptos ao socialismo, enquanto no sul havia um impasse, existiam
partidos de ideologias capitalistas e socialistas, os capitalistas proíbem um
plebiscito para a decisão do regime do país e uma guerra estoura. Para impedir
que mais um país se torne socialista, os EUA intervêm em favor dos líderes
capitalistas em 1965, e o Vietnã vive mais 10 anos de guerra. Os EUA após
grandes movimentações contra a guerra em seu território, e a morte de milhares
de soldados retira-se sem concluir seu objetivo e em 1975 o Vietnã é unificado
em regime socialista.
Guerra do Afeganistão – Os afegãos estavam em conflito
entre dois governos, o primeiro de ideologia socialista e o segundo de
ideologia islâmica. A URSS envia armas, equipamentos bélicos e soldados para os
socialistas que se estabelecem no Afeganistão. No entanto, o mundo não olha
esta atitude com bons olhos e os islâmicos recebem apoio dos Americanos e
diversos países muçulmanos, expulsando por fim os soldados da URSS.
A fragmentação da URSS e a queda do muro de Berlim
- A URSS
entra em colapso lentamente. Em uma economia socialista é o Estado que repassa
as verbas definindo a sua utilização. Como houve grandes gastos em produção de
armamentos e tecnologias militares não sobrava verbas para os bens de consumo.
Em outras palavras, sobravam bombas e faltavam sabonetes. O povo estava
descontente e sua indignação era recebida com repressões, torturas, mortes e
sumiços, o que gerava uma maior indignação popular. Após diversos presidentes
do partido bolchevique praticantes de métodos repressivos, assume na união
soviética o presidente Gorbatchov que propõe mudanças. Relaxa o controle sobre
a URSS, havendo, portanto, maior liberdade de expressão em seu período de
governo suas reformas são conhecidas como Perestroika (restauração) e Glasnost
(transparência). Em seu período de governo ocorre a separação da URSS, a queda
do muro de Berlin em 1989 e declaradamente o fim da guerra fria e ideológica.
Texto 3:
CIA – Agência Central
de Inteligência / Central Intelligence Agency
Ficha técnica
Fundação – 18 de setembro de
1947
Empregados – 20 000
(estimativa)
Orçamento – US$ 27 bilhões por
ano
Diretor- Leon Panetta
A Agência Central de Inteligência foi criada em 1947 por homens que
aprenderam a andar nas sombras durante a 2a Guerra Mundial. Eram ex-membros do
OSS (Escritório de Serviços Estratégicos), responsável por ações encobertas,
assassinatos de nazistas e sabotagem de pontes. No cenário da Guerra Fria, a
CIA expandiu essas funções para servir de bastião americano na luta contra a
expansão do comunismo. Com o fim da União Soviética, precisou reinventar-se.
“Hoje seu foco é o terrorismo, o narcotráfico e o crime organizado”, diz o
historiador americano Paul Todd, autor do livro Global Intelligence: The
World´s Secret Services Today (“Inteligência Global: Os Serviços Secretos de
Hoje”, inédito no Brasil).
Modo de ação
Durante a Guerra Fria, a CIA armou grupos paramilitares do Camboja à
Nicarágua e apoiou a derrubada de presidentes do 3o Mundo, como o chileno
Salvador Allende. Como poucos espiões americanos conseguiam penetrar na URSS, a
agência tornou-se eficaz na interceptação de mensagens entre Moscou e a área de
influência soviética. Até hoje, é o serviço secreto que mais monitora as
comunicações do planeta. Os dados são processados no Diretório de Inteligência
por uma enorme equipe de cientistas, intelectuais e nerds, conhecidos como
“analistas”. Desde o 11 de setembro, os agentes do Diretório de Operações (DO)
concentram-se na busca de Bin Laden. Vale tudo nessa caçada, até mesmo aliciar
mafiosos russos e refugiados afegãos. A CIA também contrata empresas privadas
de segurança e mantém uma rede de prisões clandestinas para suspeitos de
terrorismo. “Sua estrutura cresceu a ponto de tornar-se um monstro
burocrático”, diz o ex-agente Ishmael Jones. “Isso a deixa muito lenta para
prever e responder aos ataques. São tantos os chefes, que fica quase impossível
fazer inteligência.”
Como mudou o mundo:
De duas formas. A primeira foi ajudando a derrubar o comunismo. Não fossem
suas ações encobertas na América Latina, por exemplo, provavelmente regimes da
velha esquerda teriam triunfado. Por ironia, a CIA também contribuiu para a
ascensão do terrorismo islâmico ao apoiar Bin Laden e seus guerrilheiros
(mujahedin) contra a invasão soviética no Afeganistão. Depois de botar os
russos para correr das terras afegãs, Bin Laden prometeu lançar a guerra santa
contra os EUA e seus aliados. Dito e feito.
Fonte: https://super.abril.com.br/historia/agencias-secretas/* As charges para análise foram retiradas do blog História por imagem (com os devidos créditos)
* Exemplos de Mapas mentais (retirados da internet):
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